Thursday, January 31, 2008

Comics

Esta semana, nas aulas, o meu professor Bart deu-nos a conhecer uns "Comic Books". O nome da colecção é "Jan, Jans en de kinderen" e são muito, muito engraçados. Eu divirto-me bastante quando os leio. Começo a perceber e a divertir-me com o humor holandês, será que isso significa mais um passo na evolução?


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Tuesday, January 29, 2008

Também quero...

Coisas Simples

Não seria a vida um pouco mais simples se um "bloco de módulos" permitisse andar de metro, autocarro e eléctrico em qualquer cidade do país? E que esse mesmo "bloco" pudesse ser comprado "quase" em qualquer lado? Sei que estão a ser criadas soluções mais práticas, para se circular de transportes públicos na Grande Lisboa. E nos arredores? E no resto do país?

Esta é a filosofia por detrás dos Strippen Kaarten (a versão holandesa dos ditos módulos). Cada um dá para cerca de 22 viagens, cada viagem de 2 strippen custa cerca de 0.90 euros (a diferença é cerca de 0.20 euros por zona pelo tarifário da Carris), tem a validade de 1 hora, ou seja, uma pessoa pode sair do transporte publico em questão, ir fazer qualquer coisa voltar a entrar (dentro dessa hora e no mesmo percurso) sem ter que usar um novo "módulo".


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Sunday, January 27, 2008

Winner

O vencedor do Australian Open, é (apesar do meu desagrado) Novak Djokovic. De facto o rapaz jogou bastante bem e a vitória parece-me justa.


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Para além dos trabalhos de casa


O que andei a fazer durante esta semana para além dos TPCs:
  • Li um pouco de A cidade e as Serras de Eça de Queirós
    "... e usava sempre ao peito uma flor, não natural, mas composta destramente pela sua ramalheteira com pétalas de flores dessemelhantes, cravo, azálea, orquídea ou tulipas, fundidas na mesma haste entre uma leve folhagem de funcho."
  • Vi a série Dexter para quem tem um fascínio por serial killers como eu, é genial. Como é que alguém tão monstruoso consegue também ser "bonzinho"?

  • Ouvi o álbum Dreams in colour de David Fonseca (muito interessante). Gosto da música Kiss me e da música Superstars entre outras:)

  • Passeei por Haarlem

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    Foto por: João Cleto

  • Fui jantar com "amigos" a casa da Eva e comi uma tarte de maçã bem saborosa, supostamente feita pelo Francisco. Continuo com dúvidas sobre a autoria mas estava muito boa.

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    Foto por: João Cleto

Tuesday, January 22, 2008

TPCs II

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Foto por: Silvia Arrais

Monday, January 21, 2008

TPCs

Quando terminei o 12º ano, nunca imaginei que voltaria a fazer TPCs. Mas cá estou eu novamente. Com 29 anos regressei aos "tempos de escola", mais correctamente aos "tempos" da escola primária. Voltei a fazer composições sobre um tema, a sublinhar "as palavras difíceis", a procurar o significado das mesmas no dicionário, a ler a um ritmo de uma palavra por segundo e regressei aos ditados, que sempre detestei. O que eu gostava mesmo de fazer era "contas" e a prova dos nove. Eu não sei se isso se continua a ensinar na primária, mas eu adorava a prova dos nove. Um dos meus hábitos (quando conduzia!), quando me encontrava numa fila de transito era fazer a prova dos nove com as matriculas dos carros que iam passando por mim. Existe qualquer coisa de especial quando o resultado final é zero! Mais tarde, em anos mais avançados de escolaridade, gostava de resolver problemas de matemática, física, química e de genética, quando podiam ser resolvidas com as leis de Mendel. Desta fase mais avançada apenas me recordo destes últimos, as restantes formulas já há muito me esqueci, o que me causa alguma tristeza. Mas o que é certo, é que muito mais coisas desde então aprendi, faz parte do "ciclo", julgo eu.

Sunday, January 20, 2008

4x4x4

Amanhã volto à escola!

Estou de novo animada. Sabe muito bem ter uma responsabilidade que nos obrigue a saltar da cama, algo que nos obrigue a estar activas e a seguir em frente. Durante este periodo, em que procurei exclusivamente trabalho, senti de perto o sentimento de frustração e de me sentir à deriva, mas aprendi diversas coisas, uma delas é que preciso mesmo de aprender mais Holandês, de praticar mais, por isso decidi voltar à escola. Começa amanhã novamente 4 horas por dia, 4 dias por semana durante 4 semanas.

...

No sábado tivemos uma festa da empresa do João, ao género de "costume party", o tema era teatro varieté. Decidi não ir "mascarada" e claro que me arrependi, pois uma das coisas que gosto, é de me colocar no papel de outra personagem. Foi muito divertido dançamos bastante, rimo-nos bastante, partimos alguns copos (oops!) e alguns de nós beberam bastante, eu este fim-de-semana portei-me muito bem, apenas sumo de laranja. Assim que houver fotos disponiveis (e decentes) coloco aqui.

...

Hoje finalmente entrei no café da estação. Sempre que lá passava, ficava com vontade de entrar e de tomar um capucino, mas por um motivo ou outro nunca o fiz. Hoje fomos fazer a nossa reciclagem e decidimos lá ir tomar café, e de facto é muito agradável, mais do que eu inicialmente pensava. Acho que vai passar a fazer parte de um dos locais de eleição para um café. Café esse que desde que aqui estou, alterei os meus hábitos. Deixei de beber expresso ( a vulgar bica!). Faz-me muita confusão pagar 2€ por tão pouco café, por isso agora bebo capucino ou Koffie Verkeerd - mais próximo da meia de leite. O preço é quase o mesmo mas ao menos tenho mais liquido para beber.

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Foto por: João Cleto

...

"A religião é o desenvolvimento sumptuoso de um instinto rudimentar, comum a todos os brutos, o terror."

in A cidade e as Serras de Eça de Queirós

Wednesday, January 16, 2008

Um prazer

É sempre um prazer ver este jovem, Rafael Nadal, a jogar! :)

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Pormenores

Ontem recebi pelo o correio umas meias muito engraçadas que a minha mãe me enviou, presa às meias vinha uma mensagem que achei curiosa e interessante.

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Foto por: Silvia Arrais

Hoje fui tentar o meu 2º plano para arranjar emprego. :( 

Não correu nada bem, a primeira senhora enquanto eu consegui perceber e interagir em holandês estava a indicar-me um local para me sentar, assim que eu mudei para inglês, parou e quase que me mandou embora.

O segundo, ( um jovem lindissimo, com uns olhos azuis de morrer, como diria a minha amiga de infância "um pecado da natureza") disse-me que não me podia ajudar, porque ninguém na Holanda trabalha sem saber falar Holandês. Eu compreendo, mas também sei que é falso, afinal eu conheço cerca de 15 marmanjos que trabalham neste país e não falam holandês! Se eles podem porque é que eu não posso???? Acho que nunca pensei que me pudesse sentir tão estupidamente frustrada.

Para aliviar um pouco a tensão que senti, decidi entrar numa das minhas lojas preferidas desta cidade, uma loja de coisas em segunda mão. Estava lá uma menina que queria vir para casa comigo, por 0.60 cêntimos eu trouxe-a.

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Foto por : Silvia Arrais

Tuesday, January 15, 2008

Tenis

Hoje enquanto estava a ver, uma das coisas que mais gosto de ver em televisão, alguns jogos de ténis do Australian Open, porque meus amigos já começou. Começou ontem a fase dos quadros principais e consegui que o meu primeiro jogo fosse de Rafael Nadal, nada mais nada menos do que o meu jogador preferido.

Mas retomando, hoje enquanto estava a ver jogos de ténis e a comer tangerinas decidi que era dia, de pôr em pratica uma experiência, que eu adorava fazer quando era pequenina: pôr sementes a germinar. Assim arranjei um frasco de vidro, algodão que molhei com água e sementes de tangerina. Vamos lá ver se funciona. O que lhes vou fazer depois ainda não sei. :)


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Surpresas

Há coisas que ainda me conseguem surpreender, espero que assim continue por muito tempo!

Ontem o João decidiu ir vir um documentário "Metal headbangers" de Sam Dunn. escusado será de dizer que ao principio torci o nariz. Pensei, de certeza que não vou gostar. Pois, enganei-me, gostei e gostei bastante.

Dá-nos a conhecer quase todas as vertentes de metal. Mostra-nos no que é que são diferentes. Descobri áreas do metal que nunca tinha sequer imaginado que existiam, como nos anos 80 o Glam Metal, em que os membros das bandas, se caracterizavam para actuarem ou para fotografias como se de mulheres se tratassem. Ou como os extremistas da Noruega que se dizem satânicos e cujo alguns membros de algumas bandas incendiaram igrejas, como forma de eliminar o poder da igreja.

Uma ideia expressa durante o documentário que se alguma forma me atraiu atenção foi a ideia de que do metal, permitir exorcizar medos, falando das coisas que causam esses medos abertamente, sejam esses medos da morte, do sofrimento, da decadência ou demónios criados pela sociedade para nos controlar.

Os fãs falavam de uma energia que sentiam quando começam a ouvir aquela musica, uma energia e uma sensação de poder e liberdade. Perguntei ao fã de metal que conheço se assim era e ele disse que sim que era verdade.

Mencionaram também a sensação pertença, de comunidade. Quando vão a esses concertos sentem-se bem porque sentem que podem ser eles mesmos, que ninguém os irá criticar ou apontar o dedo.

Continuo a não gostar de metal, não é a musica que escolho para ouvir quando estou sozinha, mas descobri também que se calhar gosto mais de Iron Maiden do que Metallica. Iron Maiden tem uma sonoridade que eu associo à minha adolescência, aos anos 80 e inicio dos anos 90! Quando se ouve agora Iron Maiden podemos perguntar: Isto é que é musica pesada e rápida? Porque com o panorama de metal dos nossos dias, Iron Maiden quase que é musica para meninas! ;)


Mais informações sobre o documentário.

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Monday, January 14, 2008

Mais sobre o fim de semana

Depois de ter escrito aqui algumas linhas, ainda consegui fazer algumas coisas em casa. tentei fazer biscoitos, digo que tentei porque a receita saiu-me completamente falhada, os biscoitos parecem ter sido fritos, em vez de ter sido cozidos no forno. Têm um aspecto feio e não sabem tão bem.

Acabei também de ler o livro. Um momento de calma para descansar cabeça, mente e estomago. Acho que é um livro complicado de ler e acompanhar. O discurso por vezes parece absurdo, completamente fora de sentido, mas contudo tem momentos bastante interessantes.
"As lágrimas do mundo são infinitas. Por cada homem que começa a chorar, existe algures um outro que pára. e o mesmo se passa com o riso. Não falemo então mal da nossa geração, que não é de certeza mais infeliz que a precedente. E também não falemos bem. O melhor é nem sequer falarmos dela."
in À espera de Godot de Samuel Beckett
Este livro de alguma forma fez-me lembrar uma peça de teatro de Samuel Becket "Not I". Aquela boca, que é a única "coisa" iluminada em cima de um palco, o discurso rápido, sussurrado, absurdo que tanto nos dá vontade de voltar as costas, como com uma força inexplicável nos atrai. Esteve em cena no Porto, quando descobri foi já nas suas últimas representações, não tive oportunidade de ver. Não digo que seja algo bonito de se ver mas com certeza é uma experiência interessante.

Vimos também um filme arrepiante e perturbador que leva a violência psicologica a um outro nivel. Chama-se Funny Games de Michael Hanneke. Vimos a versão de 1997 e está a ser feita uma nova versão, do mesmo realizador dedicado aos circuitos mais hollywoodescos, cujo o cartaz é muito interessante. A curiosidade cá em casa é saber como é que o filme vai terminar nessa versão, manter-se-á o autor fiel à versão europeia?

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Sunday, January 13, 2008

Fim de Semana

Esta fim de semana tinha planeado terminar de ler o livro "À espera de Godot", mas os planos não foram concretizados, pois em vez de o ler decidi fotografá-lo. Estas são algumas fotos:


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O meu almoço também foi "vitima" da minha câmara fotográfica. Mas não sofreu tanto pois eu estava cheia de fome. :)


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No Sábado à noite, "apanhei" a primeira grande bebedeira da minha vida, e hoje o meu estado é lastimável, por isso também hoje não o consegui ler.

Friday, January 11, 2008

Feito à mão

Já andava à algum tempo a querer experimentar uma técnica para reciclar sacos plástico, "fused plastic", ou fusão de plástico. Primeiro achava que não tinha o papel indicado para o fazer, mas comecei a puxar pela cabeça e decidi utilizar um papel que ia a caminho da reciclagem. O certo é que funcionou e foi só dar fazer o gosto ao dedo.
O resultado foi este:

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Foto por: João Cleto

Coisas que preciso de alterar (caso queira fazer novamente um estojo com "fused plastic"):
  • procurar o papel indicado, julgo que talvez posso alterar o aspecto final do plástico, provavelmente ficará mais macio;
  • arranjar forma de fazer moldes e cortá-los direitos;
  • aprender a fazer os cantos e a rematar com o ponto cobertor;
  • arranjar uma forma de fazer os pontos mais uniformes, mas julgo que isso será coma prática. :)
  • e acho que preciso de continuar a tentar porque o gozo que me deu o resultado final, valeu bem todas as picadelas nos dedos.
Quando não estava a preparar para fazer o estojo aprendi a fazer uma t-shirt em papel, algo muito, muito engraçado de fazer.

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Foto por: Silvia Arrais

A minha versão cor-de-laranja

Ontem fomos jantar fora. Voltámos aos "jantares poliglotas"! É muito engraçado falar/ouvir muitas línguas, as que predominam são: inglês ( porque entre nós que somos de diferentes nacionalidades é com esta língua que comunicamos), português(porque estamos em maioria), holandês (porque afinal estamos todos a viver na Holanda, temos de experimentar a língua) e espanhol (por nenhuma razão em especial).

Foram tiradas diversas fotos, a maior parte ficou desfocada, porque a luz no restaurante era muito pouca e as fotos ficaram todas com esta tonalidade laranja. Sei que existem muitas pessoas que não gostam deste tipo de fotos. Eu gosto, aliás gosto bastante , esta sensação de imperfeição que desfocado transmite, estas tonalidades laranjas, que dão às fotos uma sensação quente e acolhedora. É claro que gosto de imagens focadas, "clean", mas também gosto muito destas. 



Fotos por: João Cleto ( Eu julgo que foi ele que as tirou pela posição em que estou! :) )

Wednesday, January 9, 2008

Cura para frustração

Está tudo preparado para apaziguar a frustração que hoje sinto. Os dias continuam cinzentos e por isso, as fotos continuam más... :( 



Foto por: Silvia Arrais

Vou dar inicio à leitura de " À espera de Godot" de Samuel Becket, um livro que já vi referenciado em diversos filmes e que sempre suscitou curiosidade.  Num outro dia, com outra disposição, direi se o livro se encontra à altura das minhas expectativas.

Tuesday, January 8, 2008

O que se passou hoje cá em casa

Hoje o objectivo do dia era: perceber como se faz uma carta de apresentação. Depois de visitar muitos sites, e depois de explicações mais ou menos simplistas, deduzo, que não é uma tarefa assim tão complexa, quanto o que eu estava a imaginar.  E constatei que a maioria dos sites,  encara a situação do ponto de vista de quem procura o primeiro emprego. É suposto uma pessoa, depois de começar a trabalhar, já saber como essas cartas se fazem? Eu já trabalho há 8 anos e nunca precisei de fazer nenhuma!!

Mas o dia não foi só dedicado à dita carta. Fiz uns biscoitos, que por sinal estão uma pequena delicia e cheiram muito, muito bem. Como costuma ser habitual fui mudando a receita aqui e ali. Não tenho rolo da massa e não tenho cortadores ( apesar de no outro dia ter visto uns muito bonitos!) então decidi moldar os biscoitos à mão. Estão um pouco toscos mas não perderam nada do seu sabor!

Foto por: Silvia Arrais

Já algum tempo que tinha umas garrafas de vinho, que estavam "a caminho da reciclagem". O que é certo é que nunca mais lá chegavam! Entretanto comecei a reparar nas suas formas e nas suas cores. Comecei a imagina-las em contra-luz e decidi transformá-las em jarras! Coloquei-as no parapeito da janela para aproveitar os efeitos luminosos quando o sol as atravessar. A foto não lhes faz justiça, porque os dias por aqui andam cinzentos! Mas, mesmo assim, gosto do efeito cromático que têm!

Foto por: Silvia Arrais

Espero que mais tarde conseguir captar todo o seu esplendor num dia de sol! São o meu mais recente objecto decorativo, um daqueles que se eu me fartar, posso simplesmente reciclar sem pensar mais no assunto.

Monday, January 7, 2008

Poffertjes ou mini panquecas



Fotos por: Silvia Arrais e Joao Cleto

Fim de semana


Foto por: Silvia Arrais


Durante o fim de semana, foi tempo de:
- Acabar de ler " O cadaver Tatuado" de Val Mcdermid
- e de estabelecer o primeiro contacto com os serviços de saúde deste país.
O primeiro contacto foi feito na condição de doente. Não foi totalmente mau, afinal eu não estou assim tão doente, e acabou por ser interessante. 
As diferenças estão por todo o lado. Eis algumas que eu me apercebi. Antes de me deslocar ao hospital segui os tramites normais e liguei para uma linha telefónica, qual a finalidade? Mediante a informação dada sobre o médico de família ( que ainda não tenho), "eles" verificam qual o médico de família que está destacado para substituir esse, para evitar uma ida desnecessária ao hospital. Como eu não tenho médico de família fizeram-me uma marcação para a urgência do hospital da minha área de residência, ou seja, eu fui às urgências com hora marcada! Parece-me uma forma de controlar a afluência ao serviço de urgência.
A sala de espera era pequena (mais pequena que a urgência do SAMS, que conheço tão de perto) e é partilhada entre adultos e crianças, coisa que causou muito burburinho no serviço em que eu trabalhava.
Não estavam mais do que 10 pessoas na sala de espera entre doentes e acompanhantes. 
Não foi feita triagem por enfermagem, esta foi feita resumidamente pelo telefone. Pelo telefone foi pedido também que levasse uma amostra. Assim que lá cheguei e dei a conhecer que lá estava, pediram-me a amostra (já sabiam o porquê da minha ida!). Passado cerca de 15 minutos fui chamada pela médica. Uma senhora simpática que me veio buscar à porta, sem bata, sem estetoscópio. A mesma médica que antes e depois de mim observou crianças e que já sabia o resultado das minhas analises.
Passou-me a receita num papel do hospital, sem vinheta, sem a sua identificação reconhecível. Perguntou-me se eu sabia qual era a farmácia que estava de serviço, indicando-me qual seria melhor para mim!
No final não precisei de ir carimbar, nem por vinheta... nada! 
O meu ponto de comparação é um serviço privado em Portugal e mesmo com esse as diferenças são imensas. Não me atrevo a comparar com o serviço publico português.

Por hoje ficam apenas as diferenças, talvez daqui a uns tempos possa avaliar melhor se essas diferenças, são melhores ou piores ou quem sabe apenas diferenças.

Friday, January 4, 2008

Palavras emprestadas

As palavras não são minhas, fazem parte do livro que estou a ler no momento "O cadáver tatuado" de Val Mcdermid.
São expressões que gostei mas que não revelam nada sobre a história.

" Ninguém conseguirá nunca tirar as palavras de dentro da tua cabeça."

"Todas as paisagens têm os seus segredos. camada sobre camada, o passado é enterrado , a coberto da superfície."

"Tinha percebido já que os pretos ali sobressaíam como uma cabeça de porco num talho de judeus."

" Bem, cubram-me de ouro e chamem-me Minha Senhora. Quem havia de dizer? casei com um pedaço de história e não sabia de nada."

" Dão-te uma data de comprimidos.... Abanem-me e ouvem-se os comprimidos a chocalhar."

Wong Kar-Wai Fever

É uma característica nossa, cá em casa, sermos exagerados no que diz respeito a filmes. Temos a tendência para quando gostamos de algum filme, de querer ver todos os outros que esse realizador fez.
Ontem foi noite de Wong Kar-Wai.
Vimos "In the mood for love" (2000) e "2046" (2004).
Apesar de 4 anos separarem estes filmes, e de não serem de facto uma sequela. Existem inúmeras referências no 2046 relativamente ao primeiro filme. Uma das referências têm a ver com segredos. Dizem ambos os filmes que antigamente quando as pessoas tinham um segredo que não queriam partilhar, subiam a uma montanha, procuravam uma arvore, abriam um buraco, sussurravam o segredo lá para dentro e depois tapavam com lama. Desse modo o segredo jamais seria revelado. Que segredo terei eu que valesse a pena subir à montanha e procurar  a arvore?
Mais uma vez o ponto central das historias são as relações interpessoais e a incapacidade de algumas pessoas em se relacionarem. Quase no final de "2046" o protagonista diz: " O amor é apenas uma questão de oportunidade. De nada vale encontrar a pessoa certa antes ou depois da altura certa."
Mais uma vez as cores saturadas, as cores quentes estão presentes (serão "imagem de marca" deste realizador?) e eu gosto. Acho que torna o filme mais "acolhedor". Acho que são tons adequados quando se fala de emoções, sentimentos e relações.

O meu preferido é o "In the mood for love". Gostei mesmo muito!
Fez-me levantar questões como: O que é a traição? O que a define? Quando é que começa? Que acções ou actos praticados a implicam? Que implicância têm os sentimentos?
Todos nós temos fora das nossas relações outras pessoas, com quem temos interesses em comum, gostos em comum. Pessoas com as quais gostamos de estar, de falar, de nos relacionar. Quando é que essas relações passam da esfera da amizade, para a esfera da traição? O que define o limite? Os sentimentos? Ou os actos?

As bandas sonoras, são muito interessantes. Chega a ser cómico, num filme falado em mandarim, ouvir uma musica cantada em espanhol. Por momentos parece que há ali alguma coisa que não joga bem, mas no final funciona.

Ontem não falei da banda sonora do " My blueberry nights" mas é igualmente boa, principalmente a musica "Harvest Moon" cantada por Cassandra Wilson (nunca tinha ouvido falar da sra), que tenho ouvido até à exaustão. 

Thursday, January 3, 2008

Cores quentes

Foto por: Silvia Arrais

Gosto quando o sol transmite, estes tons quentes às coisas... Parece que voltei a fotografar! :)

A estreia em 2008


Ontem (apesar do termómetro marcar zero graus) foi a nossa estreia no cinema em 2008. O filme escolhido foi " My blueberry nights", de Wong Kar-Wai.
Posso dizer que começámos bem o ano!
Gostei do filme! Gostei das cores saturadas, das cores quentes! Gostei de ver imagens de dias solarengos cheias de grão, em vez de imagens muito "clean"! Gostei do enquadramento de beijo mais engraçado que me lembro no cinema! Gostei do cabelo despenteado do Jude Law e dos seus olhares sexy e ternurentos! 
A história... bem a história não é muito elaborada, nem rebuscada! Eu encarei-a como o retrato da procura de nós mesmos, da necessidade que temos de nos afastar das coisas para lhes darmos o devido valor (tanto para coisas que têm muito valor, como também para as que não têm valor nenhum). Mas fez-me pensar, que se o assunto são relações é muito arriscado esse afastamento! É claro que estamos no nosso direito, mas há que ter sempre em mente que a outra pessoa também tem o direito, de não ficar à nossa espera! Fez-me pensar, na dificuldade que algumas pessoas têm em se relacionar com as outras! Não é fácil, não!
É um filme cheio de tiradas de senso comum, daquelas que me fazem pensar "Epá é isso mesmo!" ou  "Nem mais!", mas que me ajudam a "organizar as ideias! Acho que as coisas que sempre pensámos, ganham nova vida quando as vemos reflectidas em livros, filmes, fotos ou na letra de uma música.

Lembro-me de uma vez ter lido um livro que me fez ficar com a sensação "alguém teve a coragem de escrever aquilo que eu sempre pensei!". Foi engraçado!

Wednesday, January 2, 2008

Hoje o sol andou cá por casa




Fotos por: Silvia Arrais

Pequenas coisas

Faz parte do senso comum, as coisas pequenas são poderosas!

Li durante o último mês de Dezembro, inúmeros textos sobre organização, mudança de hábitos, traçar objectivos. De todos eles sobressai uma ideia comum, os objectivos, os planeamentos têm de ser realistas e acima de tudo exequíveis! Muitos deles para serem alcançados precisam de ser divididos em pequenas e simples tarefas, que nos conduzam de forma calma e organizada à obtenção do objectivo final! 
Quando se lê, tudo parece fazer muito sentido! Dou por mim a pensar por vezes "toda a gente sabe disso!"
Mas nesta última/primeira semana do ano, decidi pôr em prática. Hoje por exemplo era dia de tratar do meu numero fiscal e social holandês! Fiz tudo o que era necessário para o conseguir e agora já o tenho! É algo simples, se pensar bem neste complexo mundo é talvez um nada, mas a sensação de ter cumprido o objectivo, dentro do prazo estabelecido é muito boa! Uma sensação de realização! E a sensação de mais um passo dado em direcção ao objectivo principal!

Tuesday, January 1, 2008

O que sobrou de 2007


foto por: Silvia Arrais

foto por: João Cleto