Tuesday, November 25, 2008

Pequenos prazeres

Ouve-se frequentemente que a vida é feita de pequenos prazeres, acredito que seja verdade. Mas por outro lado, acho que precisamos de nos forçar a perceber esses pormenores para lhes poder dar o valor e aprecia-los, senão corremos o risco que nos passem ao lado.
Este fim de semana foi recheado desses pequenos momentos.

- acordar e ver tudo branco, tudo coberto de neve;
- sentir a neve a cair de leve e ver o casaco devagarinho a ficar branco;
- sentir o sol na cara quando está muito frio;
- ter um sofá novo que me permite ver um filme com a cabeça no colo do João;
- os 3 rolinhos de sushi da entrada de um jantar num restaurante japonês . O menu inclui inúmeros pratos mas o sabor que eu me recordo é desses 3 primeiros rolinhos de sushi;
- Ir ao cinema com mais 2 amigos para além do João;
- A bebida pequenina com chantily, que nos ofereceram a acompanhar o café;
- ver Al Pacino e Robert de Niro no mesmo filme :)


Foi um fim de semana muito bom!

Tuesday, November 18, 2008

Bem disposta

Hoje estou particularmente bem disposta, apesar de não saber bem porquê! Mas não interessa o sentimento é muito bom. Apetece-me ouvir musicas na bela voz de Frank Sinatra e dançar, rodopiar, rodopiar.

Uma das músicas que eu gosto de ouvir até à exaustão é "Fly me to the moon"

Aqui ficam as imagens que completam o post de ontem:

- O meu casaco e o meu cachecol novos; :)

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- A chegada do Sinterklaas a Haarlem. Uma tradição nacional que eu gosto bastante. Emociono-me sempre quando há uma tradição que une avós, pais e netos e foi o que aconteceu. Quando o barco chegou a alegria era imensa e de repente toda a gente começou a cantar as musicas do sinterklaas. Todos os avós, os pais e os netos, é um símbolo de união de família e passagem de tradição entre gerações;

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- A colagem que eu fiz para guardar um pouco do Outono. :)

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Monday, November 17, 2008

Fim de semana

Este fim de semana incluiu:

- noite de poker na sexta;
- compra de casacos :) ;
- um encontro causal muito agradável com a Catarina;
- festa em Leiden;
- a chegada do Sinterklaas;
- colagem de folhas;

e

- The Godfather part I e II.


Foi um bom fim de semana! :) Mas mais uma vez não fomos passear! :(

Thursday, November 13, 2008

Nem tudo é mau

Porque nem todos os dias são maus e é preciso recordar os dias bons. Quero aqui "apontar" que hoje foi um dia que correu especialmente bem no trabalho. A sensação no final do turno era de satisfação e um sentimento de realização pessoal. Tenho que apontar, para depois me lembrar quando as coisas correm menos bem. Hoje estou orgulhosa de mim!

Wednesday, November 12, 2008

Coisas da rua

Não sei quando começou esta coisa de apanhar coisas na rua. Primeiro foram conchas e conchinhas, todas com um tom acastanhado. Depois foram umas coisinhas que pareciam pinhas mas não eram pinhas. Depois umas pinhas pequenas muito bonitas. E agora, dada a sua abundância aqui no meu bairro, folhas de muitas cores. Sequei-as entre os meus dicionários e estão lindas, mas não sei o que fazer com elas. Colagens? Decalques? Como é que eu vou guardar este bocadinho de Outono?

Friday, November 7, 2008

cinzento

comecei a minha contagem na 2ª feira. O resultado são 5 dias seguidas cinzentos, feios, sem brilho. Estou cansada. Já chega! Cadê o SOL?

Thursday, November 6, 2008

Jogo de cartas

Cada vez que venho a pé do voluntariado, passo pelo restaurante chinês de Overveen. Às 16h está sempre cheio. Está sempre cheio de velhotes, em grupos de 4 a jogar às cartas. Não sei que jogo é, mas fico curiosa. Lembro-me sempre dos velhotes nos jardins e praças de Lisboa a jogar à sueca, damas ou dominó. Anteriormente, sentia pena. Agora acho que era tonta. É preferível os velhotes que se encontram todos os dias, para jogar às cartas, do que aqueles, que ficam dias e dias fechados em casa, sem qualquer tipo de contacto social.

Wednesday, November 5, 2008

Existência

Os últimos 3 dias têm sido cinzentos. Acho sempre difícil acordar cheia de energia, quando ao olhar lá para fora está tudo cinzento, feio, sem brilho.
Os dias têm em si algo de mórbido. Sensação que se adapta muito bem ao que me anda a preocupar e a ocupar a mente ultimamente. Tenho reflectido sobre morte, eutanásia, obstinação terapêutica, qualidade de vida, sofrimento, dor. Sinto-me muito confusa e até angustiada. Estou confusa sobre a minha postura profissional relativamente a estas situações. Estou confusa na definição do limiar entre o fazer bem e o fazer mal. Sobre quando o fazer bem, começa a ser fazer mal!
Sinto-me confusa por estas questões éticas parecerem só ser colocadas por mim, enquanto à minha volta a frequência da sua ocorrência já as tornou banais.
Frases como "Estou tão contente por ela ter ficado doente!", magoam-me, eu nunca fico contente por alguém estar doente. Ver um profissional de saúde explicar a uma neta que a sua avó vai morrer, a rir-se e a fazer piadas, revolta-me e magoa-me. A rapidez com que as decisões são tomadas, num piscar de olhos deixa-me abalada, "sem chão".
Sinto-me confusa por isto tudo e por não ter ninguém aqui com quem conversar sobre isto. As pessoas que tenho à minha volta não têm conhecimentos suficientes para avaliar e analisar a situação.
Tenho passado algum tempo a pesquisar na internet, sobre práticas de eutanásia. Todos os sites referem a Holanda como o país em que é prática é legal e banal. Isso como profissional de saúde deixa-me desconfortável, angustiada, como pessoa deixa-me revoltada e profundamente triste, cinzenta como o tempo. :(

cinema

O nosso hábito de ir ao cinema anda um pouco parado. Depois de um período frenético de 2 idas por semana, tivemos um período de acalmia. A justificação é simples não tem dado nada cinema que nos interesse ver. Pelo menos nada em Inglês! :(
A semana passada fomos ver o "Burn after reading" dos irmãos Coen. Eu gostei do filme é leve, bem-disposto, completamente diferente com o vencedor de Oscar "No country for old men",além disso tem Brad Pitt com um dos piores cortes de cabelo possível.
burn-after-reading.jpg
Ontem a sugestão do João foi irmos ao Filmhuis Cavia, porque um dos eventos para este Inverno é a apresentação de filmes que raramente passaram no cinema. A proposta não era muito clara quanto ao filme que iríamos ver, mas fomos na mesma.
Filmhuis Cavia é uma experiência em si mesmo. É uma "sala cinema" pública, contudo dificilmente alguém ficará a saber da sua existência ao passar naquela rua. A entrada é feita por um pátio interior, e a sala fica num segundo andar por cima de um ginásio. A sala tem capacidade para 50 pessoas mas raramente estão mais do que 6. As cadeiras são antigas cadeiras de cinema. Eu sentei-me na 16 o João na 26, mas estávamos lado a lado, à nossa frente estavam a 33 e a 1. O ano passado, o bilhete consistia num bilhete tipo rifa, mas este ano já não há bilhete. Afinal, é fácil controlar se 6 pessoas compraram o bilhete ou não. O bilhete é 3 euros.
Primeiro vimos uma curta metragem "Un chant d'amour" de Jean Genet. 25 minutos de um filme mudo, sem música. Um filme provocativo, sexualmente explicito que ainda hoje é banido na Itália. Antes da apresentação do filme o "senhor projeccionista" deu um explicação biográfica do autor, o que eu achei muito interessante. O motivo da apresentação desta curta metragem é o facto de servir como influência para o outro filme.
Fez o mesmo sobre o autor do segundo filme que vimos ontem, "Big Bang Love".
Um filme intrigante, complexo, mas muito interessante. Quase todas as cenas têm um aspecto simples, como se trata-se de uma peça de teatro, o que me cativa sempre. Todo o filme está cheio de cores saturadas em tons de amarelo, dourado, laranjas, o que transforma até o assassinato em algo mais quente, menos frio e calculista!
Fiquei com vontade de o ver novamente, pois no cinema asiático há sempre a utilização de muitas metáforas, e fiquei com a sensação que não as consegui perceber todas!
O joão mostrou-me isto sobre o filme, acho que o poderá explicar um pouco melhor!
bigbanglove01.jpg

Monday, November 3, 2008

trabalhar ao fim de semana

Trabalhar ao fim de semana, sempre teve o seu quê negativo. Quanto mais não seja porque a maioria das pessoas que nós conhecemos está livre e nós não podemos estar com elas. Mas tinha uma pequena e ligeira vantagem... podíamos sair mais tarde de casa e demorávamos menos tempo a chegar ao trabalho e a regressar depois a casa. Ontem a caminho do trabalho e no regresso, dei por mim a ter saudades do meu carro... Esse meio de transporte que me levava (depois de uma manhã de domingo a trabalhar) em 15 minutos até a casa! Comecei a pensar o que é qualidade de vida? Como podemos saber que temos uma vida de qualidade? A resposta deve ser diferente para cada um. mas na minha não inclui de certeza passar cerca de 40 minutos à espera de transportes públicos ao frio e à chuva.