Friday, February 27, 2009

Pequenos objectivos

Há um certo prazer a ser descoberto quando se alcançam objectivos. Quando o objectivo é grande a satisfação é maior, mas estes objectivos maiores são os mais complicados e demorados a alcançar. Em diversos locais se lê sobre a importância de repartir esse "grande objectivo" por outros mais pequenos. As vantagens prendem-se com o facto que se torna mais fácil de atingir o objectivo principal e com essa sensação positiva de se alcançar esses objectivos mais pequenos. A teoria sempre me pareceu interessante e quase sempre demasiado lógica. Mas o facto de ser lógica não a torna mais fácil de pôr em prática ( pelo menos no meu caso).
Subdividir por tarefas, obter prazer pelas as etapas alcançadas.... hummm como é que isso se faz?
Será que ter como objectivo fazer uma chamada telefónica e conseguir fazê-la sem percalços conta?
Deduzo que não haja regras e que cada um determine o que é necessário para o manter motivado para se manter no "trilho" e alcançar esse objectivo, para o qual trabalha e pelo qual anseia.
Acho que neste momento é o que eu preciso de fazer. Sentar pensar no "grande objectivo" que quero alcançar e reflectir como o repartir em etapas. Pequenos passos que retirem o peso do objectivo principal e tornem tudo menos pesado e mais executável.

E já agora, dias mais longos e um pouco mais quentes também ajudam! :)


Thursday, February 26, 2009

Um segredo

Eu adorava ter uma galinha, que se chamasse Carlota e pusesse um ovo por dia!
Uma igual a esta...

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Lembrei-me disto, não sei muito bem porquê! Mas é verdade!

Estágios

Uma das coisas que me impressiona/intriga são a enormidade de estágios que existem no meu serviço.
Hoje quando cheguei ao serviço estavam lá mais dois estagiários. mas quem são estes agora?
Assim que tive oportunidade perguntei à minha colega. Estes jovens estão a estagiar para que nível 2, 3 ou 4? "Estes ainda não sabem o que querem." Foi a resposta. Hummm!?!
Ela lá me explicou. Pelo que eu percebi estes jovens estão ali para experimentarem, para seguir o ritmo normal de um serviço destes, para ver se de facto é algo que eles gostem e que futuramente querem estudar. Começam por ir uma vez por semana e vão aumentando frequência. Acho fantástico! Só espero que não se assustem muito! ;)

Resumindo agora como estagiários temos:

- 2 que ainda estão a ver se gostam da área;
- 2 que estagiam para "cuidadoras" diplomadas ( não há esta função em Portugal- mas são as que dão medicação, cuidam de feridas, administram O2, não aspiram secreções, cuidam de gastrotomias, mas não fazem intubações nasogástricas, algaliam mulheres temporariamente mas não permanente/, algaliam mulheres mas não homens, etc e tal)
- 1 para enfermeiro via a instituição;
- 1 para enfermeiro via escola de enfermagem.

A diferença entre os dois últimos ainda não sei....

Quem orienta esta gente toda... todos e ninguém... não há nada estruturado! Alguns deles contam como elementos e vão aprendendo conforme vão trabalhando. Por vezes, aprendem mal são chumbados, mas injustamente porque também nunca tiveram ninguém que lhes explicasse!
Para mim é um pouco complicado lidar com estes alunos diferentes, porque estou habituada quando explico algo a um aluno, tenho de lhe transmitir a informação completa... Por exemplo, quando se cuida de uma ferida, temos não só de executar o penso prescrito mas também de avaliar a condição da ferida. para avaliar temos de ter muitos mais conhecimentos. Como é que eu vou explicar a uma pessoa apenas como é que se retira o penso anterior, se lava e desinfecta e se faz o penso novo sem ensinar como é que se avalia???
Basicamente tenho pena dos miúdos... parece-me que são mais explorados, do que propriamente ensinados.

Wednesday, February 25, 2009

Exposição de Fotografia

Este domingo fomos ao FOAM ver a exposição retrospectiva do Fotografo Richard Avedon. A exposição é fantástica. Inclui também um documentário sobre o fotografo, o seu trabalho e o processo criativo. O documentário só por si já é interessante. Eu acho sempre, que é uma experiência bastante rica, poder ouvir falar um autor sobre o seu próprio trabalho. O que queria transmitir, para onde queria chamar atenção, que reacções queria suscitar? E claro como pensou chegar ao resultado final, qual foi o processo em si.

As fotos são muito bonitas, deixo aqui alguns exemplos.

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Shakespeare cont.

Tito Andrónico

"Oh homem, passa mais água pelo moinho do que a que vê o moleiro."


"Ai o delicioso instrumento dos seus pensamentos, que com tão graciosa eloquência os proferia, foi arrancado da bela gaiola, onde, como doce passarinho, cantava notas variadas, encantando a quem ouvia." - referindo-se ao facto d ter cortado a língua de Lavínia."


"Ofusca-se o sol, se diante dele voam mosquitos?"


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Foto de: Francisco Almeida Dias

Tuesday, February 24, 2009

Uma semana depois...

... descubra as diferenças!

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As minhas plantinhas estão a desenvolver-se muito bem! :)

Monday, February 23, 2009

Livros

Passei grande parte do meu fim de semana a ler. Estive acompanhada de Macbeth no Sábado e de Júlio César no domingo. Soube-me muito bem reler estes livros e encontrar neles postais e folhetos correspondentes às peças que tive oportunidade de assistir. Ai que saudades eu tenho de ir ao teatro, que saudades que eu tenho de ver uma tragédia shakespeariana. Não posso dizer que dava tudo para ter a oportunidade, mas se tal acontecesse ficaria muito contente.
O prazer de ler estes livros renova-se, cada vez que pego neles sabe-me sempre bem ler coisas como:

"Pudera eu com outros responder a esse conforto. Mas tenho de dizer coisas que só deviam ser gritadas no deserto para que ouvidos humanos não as pudessem ouvir." - Macbeth

"Os covardes morrem muitas vezes antes da própria morte; O valente saboreia a morte apenas um vez. De todos os prodígios de que ouvi falar, O que me parece mais estranho é os homens terem medo sabendo que a morte, esse fim necessário, virá quando vier." - Júlio César

"Cada escravo tem nas suas próprias mãos o poder de acabar com o cativeiro." - Júlio César


O que se segue é Tito Andrónico, cuja a peça que assisti no Teatro D. Maria II se encontra entre uma das melhores que vi até hoje.

Se repararmos...

E olharmos para o calendário vimos que falta um mês, apenas um mês para a primavera chegar. Mas já se faz anunciar, nos pássaros que cada vez são em maior número, e que começam a cantar bem cedo. Nas arvores que estão a ficar cheias de botões, apesar de ainda não haver folhas. Nas florzinhas brancas que despontaram no jardim perto da estação. No passeio que já se consegue dar de casaco aberto. Nunca eu antes pensei, achar que um dia em que a máxima são 8 graus fosse um dia com um tempo excelente.... bem foi o que aconteceu por aqui no Sábado :)
E faz-se notar claro no sol que se deixa ficar mais tempo. Um sol que já aquece alguma coisa e não é tão enganador como o sol de Dezembro.

Wednesday, February 18, 2009

Coisas que sabe bem ouvir

Coisas ditas pelos velhotes durante a semana....

- Esteve doente? Senti a sua falta!

- É a Silvia que me vem ajudar. Oh que maravilha!

- Porque é que as outras suas colegas não se riem comigo como a Silvia faz?

- Consigo nunca tenho dores, porque faz as coisas com cuidado! Porque é que as outras não são assim?

Não quero com isto dizer que sou melhor do que as outras, mas o esforço é bem retribuído! Já para não contar os sorrisos que recebo quando as pessoas me vêm, isso sabe sempre bem!

Tuesday, February 17, 2009

Mini-estufa

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Esta é a minha mini-estufa, feita de uma caixa de uvas do supermercado, uma caixa de ovos de cartão e com pelicula aderente.
Queria experimentar mas não me estava mesmo nada apetecer ir comprar sementes. Pus-me a pensar que sementes tinha cá em casa e lembrei-me das malaguetas, foi o que semeei.
E agora estão a germinar, começaram na 6ª feira. 1º as duas mais à direita, no sábado as duas do meio e ontem as duas da esquerda.
As duas do meio estão a desenvolver-se muito bem. Mas agora estou com uma duvida, não sei muito bem quando as transplantar. Por agora, vão ficar onde estão até terem um ar menos frágil.

A outra pergunta que me surge agora é: o que é que eu vou semear a seguir? Mas há-de ser algum dos legumes que compro, não vou comprar sementes de propósito. A minha avó não comprava e cultivava em grandes quantidades e eu também não vou comprar. Lembro-me de a ver guardar as sementes dos tomates, as pevides das abóboras, as sementes das melancias e melões, etc...
De vez em quando, encontrava na janela da cozinha uns paninhos com as sementes a secar (geralmente no verão). Sempre achei engraçado... Uma coisa é certa não hão-de ser sementes de abóbora, porque simplesmente não tenho espaço! :)

Monday, February 16, 2009

Slumdog Millionaire

Já muito se escreveu sobre o filme. Já muito boa gente falou sobre o brilhantismo do filme.
Eu como não sou excepção também gostei bastante.
Há uma cena que eu absolutamente adoro, Jamal está prestes a responder a ultima pergunta. Não sabe a resposta e telefona ao amigo quem atende é Latika. A partir do momento em que fala com ela, os 20 milhões de rupias passam a não ter qualquer valor. O sentimento que sente por ela é muito maior e vale muito mais que o prémio. Ou pelo menos foi esta a leitura que eu fiz. O positivismo que esta cena encerra em si é um bálsamo e faz com que eu acredite.

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Palácio

Há uns bons meses que eu andava a querer lá ir, mas como o palácio fica do outro lado do país, as desculpas foram sempre surgindo.
Até que ficou decidido que este fim de semana lá iriamos e fomos.
Eu adorei o Paleis Het Loo em Apeldoorn, é grande, imponente e muito bonito. Encontra-se muito bem conservado. O visita que eu recomendo, a quem gosta de palácios claro. Fez-me recordar o palácio da Ajuda, o palácio da Pena, ou o palácio real na vila de Sintra, todos eles igualmente bonitos.

Fica aqui uma amostra.

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Os estábulos

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O palácio

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Uma das entradas

Friday, February 13, 2009

Dia bom

Hoje o dia ou melhor a tarde está a ser muito, muito boa... estou tão contente!
1º estive a ler um mail de uma grande amiga, que dizia:

" Sou um sucesso hoje porque tinha um amigo que acreditou em mim e eu não o quis desiludir"...e eu acredito muito em ti!!!


2º estive a fazer origami "cranes"

3º estive a tentar desenhar Kodamas

4º o céu está 85% azul e o sol enche-me a sala

5º descobri que as sementinhas da minha mini-estufa estão a germinar! :)

Iupppi

O mistério das luvas pretas....

Tudo começou em Dezembro, quando eu perdi as minhas luvas pretas. Para ser mais clara perdi a luva esquerda de um par e a luva direita doutro par. A preguiça e o facto de detestar ir às compras,faz com que agora tenha um par de luvas pretas... hmmmm assimétrico.:)
Mas desde esta minha perda comecei a reparar na quantidade de luvas que andam pelos passeios desta terra.
O numero de luvas perdidas é excepcional. A maioria são luvas pretas, cerca de 90% das luvas que eu vejo perdidas, são pretas. Porque é que se perdem tantas luvas?
Porque é que tanta gente tem luvas pretas?
Cada vez que vejo uma luva no chão perdida, começo a imaginar o que terá acontecido para que ela tenha ido parar ao chão...
Um telemóvel que tocou e uma luva foi tirada para pegar nele, uma fracção de distracção e a luva não foi para o bolso mas para o chão...
Alguém à espera do autocarro, que quando o vê chegar tira uma luva para tirar o passe ou os módulos e a sua concentração em mostrar o seu titulo de transporte é uma distracção em relação à luva que foi tirada...
Alguém que a andar de bicicleta para no semáforo e para tocar no botão tira a luva...
Alguém que a andar de bicicleta fica de repente cheia de calor nas mãos e tem de tirar a luva...
Deve haver várias explicações porque cada vez vejo mais luvas.
Hoje vi duas luvas pretas, um gorro vermelho, um cachecol castanho com flores cor de rosa, uma mochila de criança azul e amarela e uma mochila de tamanho normal verde.
O que é que será que faz com que as pessoas estejam tão ocupadas, apressadas para que fiquem tão distraídas e que percam os seus pertences?

Filmes da semana

A semana começou com um filme estranho "Suicide Club", não posso dizer que tenha começado bem mas lá se endireitou.
Seguiu-se "Caramel", um filme libanês e foca a experiência de ser mulher no Líbano. contudo tirando umas poucas diferenças as semelhanças coma experiência de ser mulher num outro lado qualquer são muito semelhantes.
O filme tem um tom dourado quente que eu adoro.



Ontem foi tempo de ver "Les Chasons d'amour"um musical romântico francês. Eu gostei bastante!

Wednesday, February 11, 2009

Inexplicável

Há coisas que simplesmente não têm explicação. Um delas é a minha vontade repentina de ouvir "The Beatles"!
Lembrei-me disso no fim de semana e desde então não consigo parar de os ouvir! :)

Bolos

Não sei porque motivo, mas agora deu-me para fazer bolos! As receitas que tenho usado são velhinhas, lembro-me de ajudar (mais ficar na cozinha ao lado dela a vê-la fazer) a minha mãe a fazer bolos e utilizar estas receitas. As mil variações do bolo de chávenas, que é sempre o mesmo mas pode ser de tudo, chocolate, canela e erva doce, laranja, limão, café, passas, frutos secos, pode virar bolo mármore e claro o bolo de iogurte!
Hoje o bolo que fiz foi o bolo de iogurte e está uma delicia!

Monday, February 9, 2009

Emoções à flor da pele

Este fim de semana foi de lágrimas, é melhor dizer teve algumas lágrimas. As lágrimas do Sábado foram devidas ao filme "The boy in the striped pyamas", eu gostei do filme, da inocência, da imaginação, da traquinice, da amizade em tempos adversos até que se chega aos 10 minutos finais do filme... em que algo me "esmagou" e apertou a alma de tal maneira que doeu. Fiquei pregada à cadeira de lágrimas nos olhos, eu não queria acreditar que tinha acabado de ver, o que tinha acabado de ver.
No domingo, o que me causou lágrimas, foi o livro "Harry Potter e o príncipe misterioso", quando me apercebi que a maldição Avada Kedavra tinha sido direccionada ao professor Dumbledore. Mais uma vez não queria acreditar no que estava a ler e reli uma e duas vezes, quando me apercebi que tinha mesmo lido aquilo comecei a chorar... continuei a ler o livro até ao final sempre na esperança de um feitiço que o fizesse ressuscitar.

Eu sei que é uma parvoíce mas são coisas que não se controlam. Tal como no fim de semana passado quando Federer perdeu a final do Australian Open e chorou, pois está claro que eu chorei também.

Thursday, February 5, 2009

Avaliações

Em Portugal o meu horário era rígido. O turno da manhã era das 8 às 16H, quando era rendida um pouco mais cedo, conseguia sair um pouco mais cedo, sair 15 minutos mais cedo era um luxo e sabia-me muito bem. Na altura refilava da inflexibilidade do horário, mas uma vez que trabalhava por turnos conseguia organizar-me para fazer as minhas coisas nas minhas folgas.
Agora trabalho num serviço que é flexível, em várias coisas em demasiadas coisas devo eu dizer.
Numa bela manhã de quinta feira começamos a trabalhar 5, algo muito raro acontece,r um verdadeiro luxo. Às 12, sai uma que o seu horário tinha acabado, às 13H, sai outra que o seu horário tinha terminado, às 13:30, sai outra que devia trabalhar até às 16H mas tinha algo para fazer fora do trabalho e não podia continuar e às 14H a aluna tem uma reunião com a sua orientadora de estágio.
Às 14H fica uma, fico eu, com exactamente o mesmo numero de velhotes a precisarem de cuidados!

Outra questão em termos de flexibilidade. Ao principio achei uma maravilha trabalhar apenas 24H. Trabalhava menos e ganhava mais do que em Portugal, ideal.
Mas agora que trabalho e começo a analisar as coisas, esta flexibilidade tem muito que se lhe diga. Andei a fazer umas contas e de segunda a domingo contando os turnos de manhã e tarde ( não contei o da noite porque esses estão assegurados e é como se fosse uma sub-equipa), são precisas (considerando os mínimos) 336 horas de cuidados, nós temos 263 e como estão duas colegas num curso temos 247, o que são 89 horas a menos. Quem colmata o que falta os alunos? Que contam como pessoal! Como é que é o nível de ensino? Mau, a meu ver.
A maior parte do tempo os alunos estão sozinhos, não se sabe se avaliaram bem a situação ou não, se cuidaram bem ou não.
O mais caricato é que se todas as pessoas que fazem turnos de manhãs e tardes tivessem um horário completo o numero de horas disponível seria 360!!
A mim como trabalhadora sabe-me bem poder dizer que só quero trabalhar 24, mas os gestores do pessoal têm de avaliar e perceber se o serviço em questão comporta mais alguém a 24 horas ou têm de ter alguém a 36! Numa equipa de 10 existem 2 pessoas com horário completo!
Se calhar não precisam de contratar mais pessoas mas arranjar condições que torne aliciante as pessoas que já existem a fazer mais horas. Nem que fosse apenas mais 4 horas por semana!!!

Tenho analisado bastante a situação deste serviço e apesar de existirem não sei quantas pessoas, com funções diferentes, com capacidades diferentes , há uma função que simplesmente não existe, a função e Auxiliar da Acção Médica.
Que é absolutamente essencial num serviço. A reposição de material, a arrumação de consumíveis, a desinfecção de equipamento, a arrumação de roupas, os "recados" a outros serviços, o transporte de doentes a outros serviços tipo consultas e afins, e claro a auxilio no cuidado directo aos doentes.
Neste serviço não há! Quem é que faz toda a gente e ninguém. Porque é função de toda a gente mas não executa ninguém. No fim como é lógico, todas as pessoas se queixam que as coisas não estão feitas.
Uma não faz porque é enfermeira e não é função dela, a outra não faz porque não foi ela que pediu o material, por isso não tem de ser ela a arrumar. A outra não repõe o material de incontinência porque isso é função da y (apesar da Y já estar de folga há 4 dias)!
Isso irrita-me e esta desorganização dá-me cabo da paciência. Então lá vou eu antes de ir preparar a medicação, preparar a roupa suja para a lavandaria, substituir os recipientes do material de incontinência, arrumar o carro de pensos, ou arrumar o material que foi pedido... Nunca me caíram as mãos por o fazer, e não me caiem agora. Só que não é nada estruturado é tudo no ar. E achar que só eu é que faço... faz-me sentir cada vez mais desmotivada!
Depois começam os sentimentos "Gaita a outra não faz porque é enfermeira... eu também sou!", sentimentos que só contribuem para a minha revolta porque continuo a ser enfermeira e continuo a fazer o que for preciso para que o serviço funcione um pouco melhor.

A minha avaliação estende-se por outras questões, mas por hoje vou ficar por aqui!

Tuesday, February 3, 2009

Em casa...

Depois de andarmos a passear durante todo o sábado, o domingo foi passado em casa. O tempo estava horrível, muito mais frio e cinzento.
Houve tempo para:
- Ver a final do Australian Open, em que o meu favorito jogador ganhou Rafael Nadal. Foi muito emocionante!

- Fazer uma mini-estufa;

- Começar a ler o "Harry Potter e o príncipe
misterioso
"

- Ver o filme "What ever happen to baby jane?"

Amsterdão

Quase todos os fins de semana vamos a Amsterdão. Vamos ao cinema (frequentemente), ver uma exposição, comprar algo especifico ou simplesmente passear. Gostávamos de ir para lá morar, mas a zona onde queríamos morar tem preços exorbitantes, contudo andamos à procura.
Este Sábado, esteve um dia solarengo, com uma luz muito bonita. A cidade estava mais bonita que nunca, uma luz especial, sombras fantásticas. Um tipo de luz que transforma qualquer edifício e o torna belo e especial.
Estava um dia perfeito para voltar a fotografar. Foi o que fiz, e foi muito bom. Voltar a fazer medições de luz, optar por determinada velocidade ou abertura, demorou um pouco mais do que o costumava. Deu direito a ouvir "Então mas tu tiras a fotografia ou não?". É por estas e por outras, que eu não gosto nada de fotografar acompanhada. Eu acho que não correu mal de todo, e estou ansiosa para ver os resultados depois do rolo revelado.
Para além de fotografar, fui comprar lã para um novo cachecol. Eu adoro tricotar mas das minhas agulhas só saem cachecóis, não me aventuro a tricotar mais nada, mas começo a pensar quantos cachecóis são suficientes. No outro dia comecei a pensar que tenho tantos talvez o melhor seria transformá-los numa manta de retalhos!
Seguimos também o conselho da *Macau* e fomos comprar bombons à Puccini. Minha nossa são uma delicia, para além de enormes. Comprámos uma caixa e temos saboreado um por noite, são tão bons que estamos a ver se os conseguimos fazer durar! :)
Não a conheço mas já segui várias das suas dicas. Por vezes, penso nas coisas diferentes que ela me poderia mostrar, de uma mesma cidade que ambas experenciamos mas de certeza de formas distintas.
Depois de um agradável almoço, e porque o frio começava a apertar fomos ao cinema o filme visto foi "The curious case of Benjamin Button".

Se gostei? Gostei mas não fiquei fascinada ou maravilhada. O filme fez-me pensar em diversos assuntos:
- historias " de amor e uma cabana" só são possíveis em filmes do outro lado do oceano Atlântico;
- por vezes para ajudarmos a longo prazo alguém de quem gostamos, temos de ter coragem para fazer algo que o/a magoa agora;
- Que o que define o "eu" individual de cada um, é algo muito mais do que a soma de corpo, mente e alma;
- por muito diferente que sejamos, o ciclo de vida é vivido de uma forma muito semelhante;
- Os velhotes têm imenso para nos ensinar e que a maioria das pessoas só se apercebe disso, tarde, por vezes, demasiado tarde;

Mas o mais engraçado é ter consciência que fiquei a pensar nisto, porque são coisas que fazem parte das minhas preocupações, do meu dia-a-dia e que se visse o filme no outro tempo, com outras coisas em mente a minha leitura seria completamente diferente.
A tomada de consciência desta dinâmica da minha relação com as coisas que vejo, oiço, leio, sinto, torna a vida mais interessante e ajuda-me a definir quem eu sou neste momento, :) mas não noutro qualquer!

Sunday, February 1, 2009

Fiquei a pensar nisto...

Ontem fui ao cinema e a frase que me ficou na cabeça, é esta:

"I hope you live a life that you're proud of and if you find that you're not, I hope you have the strength to start all over again."