Tuesday, February 3, 2009

Amsterdão

Quase todos os fins de semana vamos a Amsterdão. Vamos ao cinema (frequentemente), ver uma exposição, comprar algo especifico ou simplesmente passear. Gostávamos de ir para lá morar, mas a zona onde queríamos morar tem preços exorbitantes, contudo andamos à procura.
Este Sábado, esteve um dia solarengo, com uma luz muito bonita. A cidade estava mais bonita que nunca, uma luz especial, sombras fantásticas. Um tipo de luz que transforma qualquer edifício e o torna belo e especial.
Estava um dia perfeito para voltar a fotografar. Foi o que fiz, e foi muito bom. Voltar a fazer medições de luz, optar por determinada velocidade ou abertura, demorou um pouco mais do que o costumava. Deu direito a ouvir "Então mas tu tiras a fotografia ou não?". É por estas e por outras, que eu não gosto nada de fotografar acompanhada. Eu acho que não correu mal de todo, e estou ansiosa para ver os resultados depois do rolo revelado.
Para além de fotografar, fui comprar lã para um novo cachecol. Eu adoro tricotar mas das minhas agulhas só saem cachecóis, não me aventuro a tricotar mais nada, mas começo a pensar quantos cachecóis são suficientes. No outro dia comecei a pensar que tenho tantos talvez o melhor seria transformá-los numa manta de retalhos!
Seguimos também o conselho da *Macau* e fomos comprar bombons à Puccini. Minha nossa são uma delicia, para além de enormes. Comprámos uma caixa e temos saboreado um por noite, são tão bons que estamos a ver se os conseguimos fazer durar! :)
Não a conheço mas já segui várias das suas dicas. Por vezes, penso nas coisas diferentes que ela me poderia mostrar, de uma mesma cidade que ambas experenciamos mas de certeza de formas distintas.
Depois de um agradável almoço, e porque o frio começava a apertar fomos ao cinema o filme visto foi "The curious case of Benjamin Button".

Se gostei? Gostei mas não fiquei fascinada ou maravilhada. O filme fez-me pensar em diversos assuntos:
- historias " de amor e uma cabana" só são possíveis em filmes do outro lado do oceano Atlântico;
- por vezes para ajudarmos a longo prazo alguém de quem gostamos, temos de ter coragem para fazer algo que o/a magoa agora;
- Que o que define o "eu" individual de cada um, é algo muito mais do que a soma de corpo, mente e alma;
- por muito diferente que sejamos, o ciclo de vida é vivido de uma forma muito semelhante;
- Os velhotes têm imenso para nos ensinar e que a maioria das pessoas só se apercebe disso, tarde, por vezes, demasiado tarde;

Mas o mais engraçado é ter consciência que fiquei a pensar nisto, porque são coisas que fazem parte das minhas preocupações, do meu dia-a-dia e que se visse o filme no outro tempo, com outras coisas em mente a minha leitura seria completamente diferente.
A tomada de consciência desta dinâmica da minha relação com as coisas que vejo, oiço, leio, sinto, torna a vida mais interessante e ajuda-me a definir quem eu sou neste momento, :) mas não noutro qualquer!

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