Monday, January 7, 2008

Fim de semana


Foto por: Silvia Arrais


Durante o fim de semana, foi tempo de:
- Acabar de ler " O cadaver Tatuado" de Val Mcdermid
- e de estabelecer o primeiro contacto com os serviços de saúde deste país.
O primeiro contacto foi feito na condição de doente. Não foi totalmente mau, afinal eu não estou assim tão doente, e acabou por ser interessante. 
As diferenças estão por todo o lado. Eis algumas que eu me apercebi. Antes de me deslocar ao hospital segui os tramites normais e liguei para uma linha telefónica, qual a finalidade? Mediante a informação dada sobre o médico de família ( que ainda não tenho), "eles" verificam qual o médico de família que está destacado para substituir esse, para evitar uma ida desnecessária ao hospital. Como eu não tenho médico de família fizeram-me uma marcação para a urgência do hospital da minha área de residência, ou seja, eu fui às urgências com hora marcada! Parece-me uma forma de controlar a afluência ao serviço de urgência.
A sala de espera era pequena (mais pequena que a urgência do SAMS, que conheço tão de perto) e é partilhada entre adultos e crianças, coisa que causou muito burburinho no serviço em que eu trabalhava.
Não estavam mais do que 10 pessoas na sala de espera entre doentes e acompanhantes. 
Não foi feita triagem por enfermagem, esta foi feita resumidamente pelo telefone. Pelo telefone foi pedido também que levasse uma amostra. Assim que lá cheguei e dei a conhecer que lá estava, pediram-me a amostra (já sabiam o porquê da minha ida!). Passado cerca de 15 minutos fui chamada pela médica. Uma senhora simpática que me veio buscar à porta, sem bata, sem estetoscópio. A mesma médica que antes e depois de mim observou crianças e que já sabia o resultado das minhas analises.
Passou-me a receita num papel do hospital, sem vinheta, sem a sua identificação reconhecível. Perguntou-me se eu sabia qual era a farmácia que estava de serviço, indicando-me qual seria melhor para mim!
No final não precisei de ir carimbar, nem por vinheta... nada! 
O meu ponto de comparação é um serviço privado em Portugal e mesmo com esse as diferenças são imensas. Não me atrevo a comparar com o serviço publico português.

Por hoje ficam apenas as diferenças, talvez daqui a uns tempos possa avaliar melhor se essas diferenças, são melhores ou piores ou quem sabe apenas diferenças.

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