Wednesday, March 26, 2008

Neve

Balada da Neve - Augusto Gil

Batem leve, levemente,
como quem chama por mim.
Será chuva? Será gente?
Gente não é, certamente
e a chuva não bate assim.

É talvez a ventania:
mas há pouco, há poucochinho,
nem uma agulha bulia
na quieta melancolia
dos pinheiros do caminho...

Quem bate, assim, levemente,
com tão estranha leveza,
que mal se ouve, mal se sente?
Não é chuva, nem é gente,
nem é vento com certeza.

Fui ver. A neve caía
do azul cinzento do céu,
branca e leve, branca e fria...
Há quanto tempo a não via!
E que saudades, Deus meu!

A balada continua... mas eu fico por aqui!
Ontem andei o dia todo a ver se encontrava um bocado em que não estivesse a nevar para ir às compras. Acabei por ir quando o João chegou e apanhamos um dos piores momentos de queda de neve, chegámos ao supermercado tal e qual bonecos de neve.
Eu já devia saber que aqui, seja neve ou chuva, não vale a pena esperar que melhore por há sempre grandes probabilidades de piorar.
Ainda não aprendi, que não dá para não fazer as coisas só por causa do tempo, senão provavelmente haverá sempre muita coisa que não iremos fazer!

2 comments:

ei! kumpel said...

pois neve... aqui não neva, só frio mesmo... mas no fim de semana vi nevar!

beijinhos

Ana Cleto said...

Pois é, eu aqui saudosa de neve todos os anos... Uns com tanto e outros com tão pouco! :) Já agora, as fotos do post anterior não dao para visualizar... :(